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Notas de leituras: Bernhard e Murnane
Curtas, porém enormes, leituras de 2025: 1. Mestres antigos , do austríaco Thomas Bernhard. Quando falamos em autores favoritos, eu entendo que estamos elencando aqueles cujas obsessões nos pegam de jeito. Bernhard repete vários de seus estratagemas habituais nesse livro, inclusive no foco em um personagem com verborragia virulenta. Grandes autores demonstram as limitações dos manuais de estilo. Ele imagina um sujeito que metodicamente visita a mesma sala e o mesmo b

Luciana Molina
há 3 horas2 min de leitura


O ensaísmo de entretenimento
Muitos se precipitam em denunciar o declínio da ficção nos tempos correntes. A produção de não ficção, no entanto, merece um escrutínio. Há um gênero de livros invadindo o mercado editorial brasileiro e, possivelmente, do mundo todo: o ensaísmo de entretenimento. Muito em breve, se bobear, vira categoria do Jabuti. Muito em breve, com fé na humanidade, as pessoas perceberão que existe diferença entre ensaísmo de pensamento e ensaísmo de entretenimento. Ou, talvez, a se julgar

Luciana Molina
há 3 horas11 min de leitura


Contra a autonomia
Infelizmente, as pessoas tentam entender “autonomia da arte” a partir do boteco. Toda sorte de vulgarizações decorre disso. Não entendem autonomia, seja em Kant, Greenberg ou Adorno. No entanto, afirmam ser contra a autonomia. Isso diz muito mais, é claro, sobre a alergia da contemporaneidade a qualquer tipo de mediação densa, seja essa construção, fantasia ou ficcionalização. Também diz muito sobre as modas dos dias: autoficção, memorialística, literatura testemunhal, aut

Luciana Molina
18 de out.1 min de leitura


Estilo de contistas
Um caso é o de Hemingway. Em seus textos sempre paira algo de perigoso. Um dos seus temas favoritos é a morte. E ele constrói uma tensão a partir da qual a morte, ou pelo menos um acidente, uma fatalidade, pode ocorrer até o fim do conto (e, não raro, ocorre mesmo). Apesar da contenção estilística, há uma proximidade ao id e à pulsão de morte em Hemingway. O que ele não se aventura em termos de estilo, ele o faz em paixões.

Luciana Molina
18 de out.1 min de leitura


Sobre a psicanálise como chave interpretativa
Quando escrevo, estou sempre voltando às minhas preocupações mais prementes. Psicanálise selvagem ou não, a fixação de um poeta em metaforizar o sexo cunilíngua no mínimo parece dizer que ele dá um enorme valor a isso.

Luciana Molina
18 de out.1 min de leitura
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